Registro de Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) em Macapá, Amapá, Brasil

Estrilda astrild apresenta distribuição abrangente ocorrendo desde o Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Recife (PE), Brasília (DF), Campo Grande (MT), Belo Horizonte (MG) Londrina (PR), Florianópolis (SC), Blumenau (SC), Porto Alegre (RS), Manaus (AM) e Belém (PA). Objetivando registrar e auxiliar na determinação do status de ocorrência de E. astrild no Estado do Amapá, visando ampliar sua área de distribuição geográfica, foram realizadas observações semanais totalizando 71 dias e aproximadamente 600 horas de campo durante o período de junho de 2003 a abril de 2004. Para tanto, foi percorrido um transecto principal no Campus Marco Zero da Universidade Federal do Amapá, representado pela trilha utilizada por acadêmicos da Universidade, e trilhas secundárias, que compreendem áreas de campo rupestre arbustivo, fragmentos de floresta e cerrado com extensão superior a 3.000m. E. astrild é freqüentemente encontrado em locais onde há uma grande concentração de capins e gramíneas e em bandos compostos de 2 a 28 indivíduos. Além da ocorrência e acompanhamento de forrageio, a construção de ninhos também foi observada onde se percebeu uma variação na arquitetura dos ninhos de E. astrild diferente dos descritos na literatura. Os ninhos E. astrild descritos na literatura apresentam um pequeno sobreninho sobre o ninho principal que serve, provavelmente, para o macho dormir ou para distrair a atenção de predadores com a função da câmara incubadora não ser predada. No Campus da Universidade Federal do Amapá apresentam forma ovóide, não possuindo o sobreninho e com outra saída apenas na parte superior.